A SELIC, abreviação para Taxa Selic, constitui-se como a taxa básica de juros da economia brasileira. Estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), ela reflete o custo do dinheiro no mercado interbancário e serve como referência para diversas operações financeiras. A SELIC desempenha um papel crucial no controle da inflação e na condução da política monetária, sendo ajustada pelo Banco Central para influenciar a oferta de crédito e, consequentemente, o comportamento dos preços na economia.
Por outro lado, o IPCA, ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, representa um indicador vital na mensuração da inflação no Brasil. Elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acompanha a variação de preços de um conjunto diversificado de bens e serviços presentes no varejo, refletindo os padrões de consumo das famílias brasileiras. Atualmente, é considerado o índice oficial de inflação no país, oferecendo uma visão precisa das mudanças nos custos de vida.
A relação entre a SELIC e o IPCA desempenha um papel crucial na análise do cenário econômico. A taxa SELIC, ao ser utilizada como instrumento de controle da inflação, influencia diretamente o custo do crédito e o comportamento dos investidores. Quando o Banco Central eleva a SELIC, busca-se conter a demanda agregada e, por conseguinte, controlar a inflação. Contudo, tal medida pode impactar negativamente o consumo e o investimento. Assim, compreender a dinâmica entre a taxa de juros e a variação de preços, exemplificada pelo IPCA, é essencial para interpretar as nuances do panorama econômico brasileiro e antecipar possíveis desdobramentos.
A análise de dados é um processo que envolve a obtenção, inspeção, limpeza, transformação e modelagem de dados com o objetivo de descobrir informações úteis, sugerir conclusões e apoiar a tomada de decisões. Com as ferramentas atuais, podemos coletar e tratar dados de maneira eficiente, transformando-os em informações significativas.
Obtenção dos Dados
Para realizar a análise da inflação no Brasil, a obtenção de dados é um passo significativo. Neste projeto, optei por utilizar a API do Banco Central, uma fonte confiável e abrangente que fornece informações econômicas essenciais. A API oferece acesso a uma variedade de indicadores econômicos, incluindo índices de preços, taxas de câmbio e outros dados relevantes para a nossa análise de inflação.
A integração com a API do Banco Central permite que realizemos consultas específicas para obter séries temporais de dados relacionadas à inflação. Utilizamos endpoints dedicados para recuperar informações sobre índices de preços, como IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e outros indicadores relevantes para o escopo do projeto.
Para mais detalhes sobre a estrutura da API, os parâmetros disponíveis e as práticas recomendadas, consulte a documentação oficial da API do Banco Central: Sistema Gerenciador de Séries Temporais (SGS)
Processamento dos Dados
Na sequência da obtenção dos dados por meio da API do Banco Central, passamos por uma série de etapas essenciais: inspeção, limpeza, transformação e modelagem.
Inspeção: Inicia-se a análise detalhada dos dados no formato JSON fornecido pela API. Nesse estágio, é realizada a avaliação da estrutura, a identificação de possíveis inconsistências e a compreensão da composição das séries temporais relacionadas à inflação.
Limpeza: Posteriormente, os dados são tratados para lidar com eventuais valores ausentes, outliers ou inconsistências. Essa etapa é fundamental para garantir a integridade e confiabilidade das análises subsequentes, evitando distorções nos resultados.
Transformação: Com os dados limpos, aplicam-se as transformações necessárias para atender às exigências específicas da análise. Isso pode envolver a conversão de unidades, normalização de escalas ou agregação de informações para simplificar a interpretação.
Modelagem: A etapa de modelagem concentra-se na preparação dos dados para a construção de gráficos informativos. Utilizam-se funções e algoritmos especializados para representar visualmente as tendências da inflação ao longo do tempo, incluindo a escolha apropriada de gráficos, como séries temporais ou histogramas, para melhor expressar os padrões identificados.
O conjunto de funções responsáveis por essas operações é desenvolvido de maneira a garantir eficiência e precisão, proporcionando uma base sólida para a interpretação dos resultados. Após o processamento, os dados estão prontos para serem visualizados no gráfico, oferecendo insights valiosos para a compreensão da dinâmica da inflação no Brasil.